quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A ADVERSIDADE

Uma filha se queixou a seu pai de sua vida e de como as coisas estavam difíceis para ela; já não sabia mais o que fazer e queria desistir.
Estava cansada de lutar, pois, assim que se resolvia um problema, outro surgia.
Seu pai levou-a até a cozinha, encheu três panelas com água e colocou-as ao fogo. Logo que a água começou a ferver, ele colocou, em uma, batatas; em outra, ovos; na terceira, pó de café.
Depois de alguns minutos fervendo, sob os olhos curiosos da filha, retirou as batatas e colocou-as em um prato; em outro, os ovos e, em uma caneca, o café.
Então, o pai perguntou:
_ Querida, o que você está vendo?
_ Batatas, ovos e café – ela respondeu.
Então pediu que ela experimentasse: a batata estava macia; os ovos, duros; o café, com aroma e gosto deliciosos. Ela perguntou:
_ Para que tudo isso papai?
Ele explicou que todos esses alimentos haviam enfrentado a mesma adversidade, mas que cada um reagiria de maneira diferente.
A batata era firme e inflexível, mas, depois de submetida à água fervendo, amolecera e se tornara frágil e macia.
Os ovos, sob suas cascas finas, eram líquidos e frágeis e, depois de fervidos, seu interior se tornou rijo.
O pó de café era incomparável. Depois de jogado na água fervente, mudou a cor, o perfume e o sabor da água.
Então ele perguntou à filha:
_ Qual deles é você? Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde? Você é uma batata, um ovo ou um pó de café?                            =====================================================
E você que acabou de ler esta mensagem, com que mais se parece?

Você é como a batata que parece forte, mas a dor e a adversidade o tornam frágil e você perde a força?
Será que é como o ovo e, depois de alguma perda, morte, divórcio, falência ou demissão, tornou-se mais difícil e duro? Sua casca parece a mesma, mas o coração está amargo e inflexível? Ou será que você é como pó de café, que transforma a água, aquilo que lhe está trazendo a dor, em uma bebida tão agradável, gostosa e energética como o café?
Quando você passa pela adversidade, você faz com que sua vida e as coisas em sua volta se tornem ainda melhores?

Enfim...

Você é do tipo “batata”, “ovo” ou “café”? 

Texto retirado do livro de Ensino Religioso - Ensino fundamental - Pitágoras (coleção).

De que tipo costumam ser seus relacionamentos?

Rubem Alves escreveu um texto em que, de forma muito feliz, ele exemplifica dois diferentes tipos de relacionamento. 

Vamos ler.

Depois de muito meditar sobre o assunto, concluí que os casamentos são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos, e terminam mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
(...)
O tênis é um jogo feroz: o seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir sua cortada – palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar, porque o adversário foi colocado fora do jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e fez o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, de modo que o outro possa pegá-la. Não existe adversário, porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra – pois o que se deseja é que ninguém erre. (...) O erro de um, no frescobol, é (...) um acidente lamentável que não deveria ter acontecido. (...) E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...
A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá...
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada.
(...)
Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem – cresce o amor... Ninguém ganha, para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...
ALVES, Rubem. Tênis X frescobol, In: O retorno e o terno. 13. ed. São Paulo: Papirus, 1998. p. 51-53. (Fragmentos).

- PAI, TÔ COM FOME!

História emocionante essa.

Uma linda história de vida.  Deus nos dá todos 
os dias a grande oportunidade de ajudar alguém...  

-PAI, TÔ COM FOME!
 
Vale a pena ler!!!!

Ricardinho não agüentou o cheiro bom do pão e falou:

- Pai, tô com fome!!!

O pai, Agenor, sem ter um tostão no bolso, caminhando 
desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com 
os olhos marejados para o filho e pede mais um 
pouco de paciência.... 

- Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu tô 
com muita fome, pai!!!

Envergonhado, triste e humilhado em seu coração 
de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada 
enquanto entra na padaria a sua frente... 

Ao entrar dirige-se a um homem no balcão:

- Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos 
na porta, com muita fome, não tenho nenhum tostão, 
pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei, 
eu lhe peço que em nome de DEUS me forneça um pão 
 para que eu possa matar a fome desse menino, em 
troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, 
lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o 
senhor precisar!!! 


Amaro , o dono da padaria estranha aquele homem de 
semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de 
trabalho e pede para que ele chame o filho... 

Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, 
que imediatamente pede que os dois sentem-se junto 
ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida 
do famoso PF (Prato Feito) - arroz, feijão, bife e ovo... 

Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas 
horas na rua....

Para Agenor , uma dor a mais, já que comer aquela 
comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e 
mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um 
punhado de fubá... 

Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira 
garfada...

A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato 
simples como se fosse um manjar dos deuses, e lembrança 
de sua pequena família em casa, foi demais para seu 
coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, 
humilhações e necessidades... 

Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, 
brinca para relaxar:

- Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o 
meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será 
que é sola de sapato?!?! 

Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida 
tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer...

Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que 
almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho... 

Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a 
almoçar, já que sua fome já estava nas costas... 

Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa 
nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório... 

Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido 
o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, 
sem estudos, ele  estava vivendo de pequenos 'biscates aqui 
e acolá', mas que há 2 meses não recebia nada... 

Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais 
na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica 
com alimentos para pelo menos 15 dias... 

Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele 
homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho... 

Ao chegar em casa com toda aquela 'fartura', Agenor é um 
novo homem  sentia esperanças, sentia que sua vida iria 
tomar novo impulso...

Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda 
uma esperança  de dias melhores... 

No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta 
da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho... 

Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem 
que nem ele sabia  porque estava ajudando... 

Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, 
mas algo dentro delechamava-o para ajudar aquela pessoa... 

E, ele não se enganou - durante um ano, Agenor foi o mais 
dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre 
 honesto e extremamente zeloso com seus deveres... 

Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala 
da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos 
um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão 
que Agenor fosse estudar... 

Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão 
trêmula nas  primeiras letras e a emoção da primeira carta... 

Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula...

Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros , 
advogado, abrindo seu escritório para seu cliente, e depois 
outro, e depois mais outro... 

Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, 
que fica impressionado em ver o 'antigo funcionário' tão elegante 
em seu primeiro terno... 

Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já 
com uma clientela que mistura os mais necessitados que não 
podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, 
resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da 
sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes
de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora 
do almoço... 

Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar 
que é  administrado pelo seu filho , o agora nutricionista 
Ricardo Baptista... 

Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, 
Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco 
da história de cada um... 

Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase 
que a mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de 
dever cumprido... 

Ricardinho, o filho mandou gravar na frente da 'Casa do Caminho', 
que seu pai fundou com tanto carinho:

 'Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem 
esperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho, e 
você me deu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em seu 
coração e alimente sua alma. E, que te sobre o pão da misericórdia 
para estender a quem precisar!!!' 

(História verídica)

Nunca é tarde para começar e sempre é cedo para parar!!!  

"Embora não podemos voltar atrás e fazer um novo começo, 
qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim!!!" 
(Chico Xavier)

Repassando, com carinho...